domingo, 20 de fevereiro de 2011

As 10 plantas mestras - Akaiê Saramana

As 10 Plantas Mestras Professoras
O Xamanismo Ancestral dividiu as plantas em 3 categorias: plantas medicinais, plantas de poder e plantas mestras professoras. As plantas medicinais são mais utilizadas para fins analgésicos em geral, as plantas de poder fornecem uma conexão com dimensões energéticas/espirituais superiores, como o Mundo dos Espíritos e as plantas mestras professoras tem o objetivo de não apenas nos remeter ao Mundo dos Espíritos, bem como nos ensinar, guiar e orientar, nos ajudando a compreender o Universo e nosso micro-universo, sob novas perspectivas e pontos de vistas mais sutis, assim como também podem nos remeter ao passado para resgatar alguma habilidade perdida, também atuam como poderosas ferramentas de cura, tanto fisica como emocional, mental e espiritual.Existe no mundo centenas de milhares de espécies vegetais, dessa imensidão de plantas o homem não conhece 10 porcento. Estudando suas utilidades curativas e de auto-conhecimento nossos ancestrais encontraram grande magia nas plantas. Desde tempos remotos o homem já se concectava com sua Divindade através de Bebidas Sagradas, desde o SOMA da Índia à Ayahuasca Sulamericana, em todos os continentes do planeta acharemos evidências e práticas espirituais que ainda utilizam tais meios para se concectarem com o Mundo dos Espíritos e assim, obter cura e auto-conhecimento.Relacionamos 10 plantas mestras professoras muitos significativas na atualidade no meio xamânico. Estas plantas quando utilizadas da maneira correta e ministradas por xamãs sérios e experientes, nos proporcionará experiências agradáveis, positivas, construtivas, transformativas e curas significativas em nossas vidas.As 10 Plantas Mestras Professoras:1 - CHACRONA (Psichotria viridis) e JAGUBE (Banisteria caapi)A Chacrona e o Jagube estão no topo da classificação, como se estivem empatados, pois ambos são matéria-prima para a preparação da Ayahauska ou "Vinho das Almas", a bebida sagrada que mais tem colaborado para a cura e expansão da consciência. A sustância ativa da Chacrona é o DMT (N-dimetiltriptamina) e o Jagube colabora com o crescimento de Serotonina. São as plantas mestras professoras mais poderosas do xamanismo. Plantas originárias da América do Sul, encontradas em toda a região amazônica. Utilizada para busca de auto-conhecimento e cura por pajés, xamãs e curandeiros.2 - PEYOTE (Lophophora williamsii)O peyote é um cacto originário da América Central e é muito utilizado pelas tribos indígenas do México e dos Estados Unidos. A substância ativa encontrada é a mescalina. Esta planta é utilizada em rituais de cura e nos remete a experiências visionárias, é utilizada pela Igreja Nativa Americana em seus cultos sagrados.3 - WACHUMA (Trichocereus Pachanoi)O Wachuma ou San Pedro é um cacto originário da região dos Andes, Chile, Bolívia, Perú, Equador e Colômbia. Sua substância ativa é a mescalina. Planta utilizada para cura e experiências visionárias e adivinhatórias, onde o xamã é levado a ter a visão da cura do enfermo, o espírito da planta entra em contato com o xamã ensinando-o a expulsar a enfermidade.4 - IBOGA (Tabernanthe iboga)A Bebida Sagrada mais usada na África chama-se Bwitists, que é uma preparação da raíz do Iboga, planta mestra muito utilizada pelos pigmeus, tribo indígena africana. Sua substância ativa é o alcalóide ibogaína. Muito utilizado pelos xamãs africanos em sessões de cura. O Iboga estimula o sistema nervoso central e induz a experiências visionárias e a transes profundos.5 - DATURA (Datura wrightii e Datura stramonium)Existem diversos tipos de Datura, porém, as únicas que são realmente plantas mestras professoras são a Datura wrightii e a Datura stramonium. Planta originária do México e Estados Unidos, porém, a Datura stramonium é encontrada no Brasil. Sua subtância ativa é a scopolamina. É uma das plantas mestras mais perigosas, deve apenas ser ministradas por xamãs muito experiêntes. Experiências recreativas podem ser fatais.6 - JUREMA (Mimosa hostilis)A Jurema, também conhecida como Jurema-preta, também é nome de uma Bebida Sagrada feita com a raiz da árvore do mesmo nome (Mimosa hostilis). Os pajés, sacerdotes tupis, também fazem outra Bebida Sagrada da jurema-branca (Mimosa verrucosa), para estimular sonhos afrodisíacos. É um tipo de Bebida Sagrada servida em reuniões especiais. Das raízes e raspas dos galhos, os feiticeiros e pajés, babalorixás, os mestres do catimbó, os pais-de-terreiro do candomblé de caboclo fazem uso abundante. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). É utiliza tradicionalmente para fins medicinais e religiosos. Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas, pois possui maior parte dos alcalóides psicoativos.7 - SOMA (Amanita muscaria)O nome SOMA provém dos Vedas, escrituras sagradas da Índia, que nos relata que esta seria a Bebida Sagrada mais antiga da humanidade. SOMA é a Bebida Sagrada preparada com o cogumelo Amanita muscaria. Sacramentado até os dias de hoje na Índia, Sibéria e Austrália, por tribos aborígenes. A substância ativa do SOMA é o alcalóide ephedrina, que nos remete a transes extâticos profundos, conhecido como samadi em sânskrito.8 - LÓTUS AZUL (Nymphaea caerulea)Esta planta mestra é originária do Egito antigo, assim como também é encontrada na América do Sul. A Bebida Sagrada é feita através das flores da planta. Suas substâncias ativas são os alcalóides nuciferina e apomorphina, que nos enduz a experiências visionárias. Desta planta também são realizados diversos preparos afrodisíacos.9 - SÁLVIA (Salvia Divinorum)Existem diversas espécies de Sálvia, porém, a única considerada como planta mestra professora é a Salvia Divinorum. Também conhecida como Maria Pastora pelas tribos indígenas mexicanas e Diviner's Sage pela tribos americanas. Sua substância ativa chama-se Salvinorin A. Planta que nos remete a experiências visionárias.10 - PARICÁ ou YOPO (Anadenanthera peregrina)Paricá é o extrato moído, rapé, do caule ou das sementes da árvore conhecida no Brasil como Angico. Planta originária da América do Sul, encontrada especialmente no Brasil. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). Muita utilizado pelas tribos indígenas em rituais de cura e em experiências adivinhatórias, onde o xamã ou pajé, é levado a ter a visão da cura do enfermo. Durante o ritual o xamã inala junto com o enfermo uma quantidade do rapé de paricá para entrarem no estado alterado de consciência, estado este que proporciona as experiências de cura.Autor: Akaiê Sramana

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